Para debater o tema “Semana de conscientização das pessoas acometidas por Lúpus – vivências e desafios” a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Proteção das Mulheres, dos Idosos, Trabalho e Igualdade da Câmara Municipal de Natal realizou uma audiência pública nesta terça-feira (21). O plenário da Casa recebeu pessoas diagnosticadas com a doença, integrantes de associações empenhadas no setor, autoridades de saúde e representantes dos poderes Legislativo e Jurídico.
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), conhecido popularmente apenas como lúpus, atinge mais frequentemente mulheres do que homens, e é provocado por um desequilíbrio do sistema imunológico, exatamente aquele que deveria defender o organismo das agressões externas causadas por vírus, bactérias ou outros agentes patológicos. Atinge cerca de 200 mil brasileiros, sendo uma doença autoimune, complexa e de difícil diagnóstico. Pode atingir vários órgãos, incluindo pele, articulações, rins, pulmões e coração. O Lúpus está relacionado à predisposição genética e pode ser desencadeado por fatores hormonais e ambientais, tais como: luz solar, infecções e alguns medicamentos.
De acordo com a presidente da Comissão de Direitos Humanos, vereadora Brisa Bracchi (PT), o colegiado trabalha para ir além da análise dos projetos e apresentação de pareceres, por meio da abertura de espaços para discutir temas pertinentes em audiências públicas. “É uma doença ainda envolvida em muitos preconceitos e hoje foi um dia de aprendizados. Eu aprendi muito e quem acompanhou a audiência também aprendeu bastante, inclusive sobre os desafios dessas pessoas que convivem com a dor, os desafios do acesso aos medicamentos e diagnóstico. Acredito que construímos aqui caminhos da luta, dos avanços, das políticas públicas”.