Dados dos Ministério da Saúde apontam que o Rio Grande do Norte é um dos estados do país com tendência de alta nos casos graves de síndromes respiratórias. O período para isso é propício. No próximo dia 21 de junho, começa o inverno no hemisfério sul, a estação mais fria do ano. Com as temperaturas mais baixas e a ocorrência de chuvas, é comum o aumento da incidência de doenças respiratórias, algumas com sintomas bem semelhantes ao da covid-19. Em caso de diagnóstico negativo para a infecção por coronavírus, é possível identificar outros tipos de doenças causadas por vírus e bactérias por meio do exame chamado Painel Molecular para Doenças Respiratórias. Em um único exame, que é realizado pelo laboratório DNA Center, é possível identificar 21 agentes causadores de síndromes respiratórias. O resultado sai em até 2 dias úteis.
O procedimento é feito de forma semelhante ao RT-PCR (Swab), utilizado no diagnóstico da covid. O material genético é extraído por meio de amostras do nariz e da boca. Há também a possibilidade de se fazer pelo método chamado Lavado BroncoAlveolar. Essa coleta é feita em pacientes com quadros mais graves, que estão internados em hospital. É realizada uma lavagem de uma região do pulmão com soro fisiológico, seguido por aspiração desse material.
“Depois, realiza-se a amplificação do material genético dos agentes causadores por PCR multiplex, seguido pela identificação com sondas específicas para cada patógeno identificado no painel. Essa técnica é considerada o padrão ouro no diagnóstico dessas infecções”, explicou a assessora científica do DNA Center, Angélica Leal, que é doutora em bioquímica pela UFRN.
Na consulta com o médico ele deve solicitar o Painel Molecular de Doenças Respiratórias para a identificação do vírus ou da bactéria. Isso vai nortear o tratamento mais adequado para a doença. As infecções rastreadas podem levar a quadros de síndrome gripal ou até mesmo de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o que torna fundamental o acompanhamento pelo profissional de saúde especializado. Dados do Infogripe, do Ministério da Saúde, mostram que o Rio Grande do Norte é um dos 13 estados do país que apresentam tendência de aumento nos casos graves de SGRAG.