Por William Medeiros.
Os cuidados que se deve tomar com a proliferação do Aedes Aegypti durante o período que antecede o verão, não é diferente dos que deve-se ter no restante do ano, mantendo o alerta ao mosquito e seus riscos o ano inteiro. Mas é de se destacar que é exatamente nesta época do ano que os mosquitos colocam seus ovos para proliferação da espécie. Logo, é importante ressaltar os cuidados diários básicos que fazem toda a diferença: evitar acúmulo de material em servíveis ou objetos (garrafas, copos, pneus…), sempre acondicioná-los de forma correta e segura, evitar o acúmulo, caso necessário o acúmulo manter os recipientes bem tampados e sempre lavar as “paredes” dos depósitos com escova pois é lá onde os mosquitos costumam colocar seus ovos.
Alessandre Medeiros, chefe do Centro de Controle de Zoonoses conversou conosco sobre o assunto e a situação epidemiológica de Natal. Segundo ele, hoje em Natal temos uma redução, já que acabamos de sair de um ciclo epidêmico, agora estamos em queda em número de casos e queda também no número de mosquitos que são os vetores. Mas Alessandre lembra também que “embora estejamos nesta situação, alguns bairros de Natal nos preocupam muito devido o número de vetores. Na zona norte temos os bairros de Nossa Senhora da Apresentação, Lagoa Azul e Potengi. Também é importante observar os bairros do Distrito Oeste”.
O chefe do CCZ continua sua fala explicando que “embora exista um momento mais crítico, que é quando chove na cidade, é portante estarmos alerta aos riscos do ano inteiro. Este período que antecede o verão prepara o período das chuvas, que é de janeiro em diante. Logo, o foco neste período é evitar que o mosquito fêmea coloque ovos. E em caso de já instalados, que sejam destruídos o mais rápido possível para não ter proliferação do vetor no período chuvoso. É dever nosso do setor público quanto da população de uma forma geral combater a proliferação do mosquito significando menos doenças.”
A CCZ combate o mosquito Aedes Aegypti de várias maneiras. Com ações que são implantadas no modelo utilizado desde 2015. Uma delas chama-se “Vigia Dengue” que consiste no monitoramento, identificação de risco e pronta resposta para qualquer situação crítica. O Vigia Dengue funciona ininterruptamente o ano inteiro. Além disso, Alessandre Medeiros fala em algumas outras ações que serão implantadas. “A gente tá introduzindo outros projetos para ampliar as ferramentas com intuito de eliminar o vetor. Como por exemplo, o treinamento de borrifação residual intradomiciliar para áreas de alta população vetorial e índice de casos. A primeira fase já acontece na próxima semana. Já para o ano que vem, começaremos a coletar mosquitos adultos e seus ovos para entrarem no nosso monitoramento”.