Por William Medeiros.
O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgaram os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os resultados no indicador, que leva em conta o desempenho de alunos em provas de português e matemática e a taxa de fluxo da escola, são referentes a 2017. No Rio Grande do Norte, o Over Colégio e Curso se classificou em primeiro lugar. A escola potiguar se destacou ainda entre as dez melhores do Brasil. A segunda posição do estado foi conquistada pelo CEI Romualdo que a nível nacional ocupou o décimo sexto lugar.
O Inep disponibilizou em seu site um guia para ver o desempenho por escola. Para acessar, basta informar o Estado, o município e a rede de ensino (estadual, federal ou privada) no link http://ideb.inep.gov.br/. Na classificação são avaliadas três séries: quinto e nono ano do Ensino Fundamental e terceira série do Ensino Médio. Até 2015, os resultados do ensino médio, diferentemente do ensino fundamental, eram obtidos a partir de uma amostra de escolas. Ao determinar que todas as escolas fizessem o Saeb e abrir para as particulares, o MEC pretendia que o exame substituísse o Enem por escola, ranking que se tornou balizador da rede particular e que deixou de ser divulgado pela atual gestão desde 2016.
Segundo Mendonça Filho, ministro da educação na época, o modelo antigo era utilizado pelas escolas como “propaganda falsa”. “O Enem não é um exame que possa permitir avaliação adequada de cada unidade escolar, e quando se faz propaganda utilizando um ranqueamento indevido a partir de uma prova como essa, está se fazendo propaganda enganosa, e o MEC não pode convalidar esse tipo de comportamento”, disse.
A partir da edição de 2017, para medir a qualidade das escolas, a pasta decidiu usar o Ideb, que passou a ser o único indicador de qualidade disponível, já que desde 2016 o governo não divulgaria mais o Enem por escola. O Ideb, através da taxa de fluxo, é capaz de detectar escolas que reprovam artificialmente alunos com o objetivo de filtrar os melhores. O modelo antigo privilegiava esse tipo de comportamento, a partir de agora, tais práticas gerarão piores colocações no ranking final.
“O modelo antigo era inapropriado, não refletia a realidade das escolas, não indicava a qualidade”, disse a presidente do Inep, Maria Inês Fini. “Daí a importância de combinar as notas da Prova Brasil com as taxas de fluxo das escolas, gerando um panorama mais real do desempenho das instituições, qualificando o resultado.”
Carlos André, diretor do Over Colégio e Curso, comemora, “é um momento de grande alegria.
Sempre digo com orgulho que nossa escola nasceu na cozinha da minha mãe, estar entre as 10 melhores escolas do país, é, sem dúvida, algo que eu não seria capaz de imaginar naquela época.”