Por William Medeiros.
À frente apenas dos Estados do Pará, Acre e Amapá, o Rio Grande do Norte agora é o pior estado do Nordeste em termos de eficiência. Isso porque seus investimentos com saúde, educação e segurança estão bem abaixo da média nacional. O único quesito em que o Estado aparece acima desta média está relacionado à infraestrutura.
Apesar de não investir o suficiente em saúde e educação, as despesas apontadas na pesquisa são altas: 12,6% na saúde e 14,8% na educação, 3,8% com o Legislativo e 28,6% na previdência, ou seja, o Estado só não está falido devido aos repasses feitos pela União, que ajudam a bancar uma máquina pública considerada – pelo ranking – como ineficiente, cuja nota ficou em 0,259. A média nacional é de 0,395.
O Produto Interno Bruto (PIB) do RN que aparece é o de 2015, que é o valor mais atualizado, chegando a R$ 57,2 bilhões. Mas é na composição de toda riqueza do Estado em aparecem dados que o colocam como ineficiente. Isso porque 25,1% vêm da administração pública e 10,6% da arrecadação de impostos. A agropecuária, por exemplo, é responsável apenas por 2,9%do PIB, a indústria por 18,8% e os serviços por 41,8%.
O estudo também mostra que, em 2017, o Estado obteve uma arrecadação total de R$ 10,5 bilhões, porém, 58,9% dela, ou seja, R$ 6,2 bilhões foram gastos com o pagamento do funcionalismo, que, no mesmo ranking, aparece como ineficiente. No item segurança, o número de mortes violentas a cada 100 mil habitantes é de 68.
Na educação, a taxa de abandono no ensino médio estadual chega a 10,5% e apenas 46,9% dos jovens com idade entre 15 e 17 anos estão matriculados na rede pública. Na saúde, o Estado tem 0,1 leito do Sistema Único de Saúde para cada 1.000 habitantes o índice de mortalidade infantil é de 13,8%.
*Escrito pela redação do Agora RN com base nos gráficos e estatísticas do estudo elaborado pela Folha e Datafolha.
Foto: AgoraRN.