Por William Medeiros
Pela segunda vez consecutiva, o comitê de política monetária do Banco Central manteve a taxa básica de juros em 6,5% ao ano. O senador José Agripino Maia (DEM-RN) considerou a decisão acertada pois a inflação registrou alta provocada pela recente greve dos caminhoneiros “Não há condições. Com o mercado financeiro como estava, o plano internacional e as turbulências decorrentes da recente greve dos caminhoneiros que mexeu com a economia do plano interno, que gerou inflação, que tirou a economia do custo normal do que ela vinha”, afirmou. O senador Armando Monteiro (PTB-PE) disse que a decisão mostra o compromisso com o controle da inflação e não da disparada do dólar provocada pela alta do juros nos Estados Unidos “O compromisso fundamental da política monetária é a com a inflação, a política monetária não pode ser usada para resolver problema de volatilidade cambial. E, como a inflação ta bem comportada, não há razão para elevar a Selic. Eu acho que a decisão pela manutenção foi a decisão mais correta”.
Já para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a manutenção dos juros foi uma decisão equivocada em meio à recessão da economia e às altas taxas do cheque especial e do cartão de crédito “A economia ta parada. Tem que baixar a taxa Selic, mas o problema também são os juros do cartão de crédito, cheque especial. Cartão de crédito ta mais de 300% ao ano e o Banco Central tinha que fazer esse papel de regulação”. De julho de 2016 à março deste ano, o Banco Central reduziu os juros de 14,25% para 6,5% ao ano. Patamar mantido em maio e em junho.
*Com informações da Rádio Senado*
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado.